Começa mais um ano !

Eai pessoas ! Tranquilo?

Bom, primeiramente desejo a todos vocês um Feliz Ano Novo ! Um ótimo 2012 a voês que acompanham o Tokuntigo !

Agora, explicar a ausência né, fiquei um tempo longe do blog, tinha prometido alguns novos conteúdos, mas descobri que tava cobrando demais de um tempo que eu não tinha antes.

Maaaas ! 2012, ano novo, vida nova ! Vou me organizar melhor pra manter posts atualizados de assuntos bem legais pra todos os gostos, espero contar com você passando por aqui pra dar as caras !

Então, como começar o primeiro post de 2012? Vou começar com um novo conteúdo que vou colocar em todo post nesse ano que vai ser alguns Reviews sobre Albuns, Clipes, Músicas e Noticias do meio musical ! E leiam tudo, pois depois tem uma entrevista com o grande João Kurk ! Um grande nome na música, vocalista da banda Terreno Baldio, guitarrista e vocalista da banda Rock Stock, enfim ! Confira após as reviews, ou diretamente na guia “Entrevista” no menu do blog !

Hugh Laurie – Let Them Talk

Começar com esse CD espetacular do autor/músico/whatever Hugh Laurie.

Capa Hugh Laurie - Let Them Talk

Foi o primeiro album dele, lançado em Maio/2011, o cd segue numa pegada de um Blues bem clássico, aquela trilha sonora perfeita pra ouvir tomando umas cervejas ou num dia chuvoso com um copo de whisky na mão.

No CD, Hugh Laurie assume os vocais, a guitarra e o piano, no melhor estilo da música de New Orleans, em 15 faixas (18 em uma versão do album liberada mais pra frente) ele mostra que apesar de não ser “a cara do blues de New Orleans” demonstra habiliade e paixão pela música que toca, um album que recomendo vigorosamente aos fãs de um bom blues, de uma boa música.

Hugh Laurie - Gravação

O próprio CD foi algo que eu achei muito bem pensado, já que se trata de um cd do blues “das antigas”, ele teve uma impressão para que tivesse a cara de um Vinil.

CD Hugh Laurie - Let Them Talk

Bom, além do Hugh Laurie, todos os outros músicos participantes, que vem de grandes nomes como: Kevin Breit, Irma Thomas, Vincent Henry e mais uma galera, também teve a produção do album pelo Joe Henry que tem mais de 20 anos de carreira no meio musical

Em minha opinião, o CD é um 10/10, se você não conhece, veja aqui o video da música tema “Let Them Talk” e veja a Página Oficial do Hugh Laurie

Dream Theater – A Dramatic Turn of Events

A Dramatic Turn of Events  - Capa CD

A Dramatic Turn of Events - Capa CD

Depois de todo aquele caso da saída do Portnoy do Dream Theater, eles lançaram o mais novo cd da banda que recebeu o nome de A Dramatic Turn of Events (o que na minha opinião é um bom nome levando em conta a mudança de membros da banda.)

Se você não sabe o que está acontecendo, resumo rápido pra você:

Portnoy queria que a banda tirasse um tempo porque não sentia aquela mesma “magia” de antes, o entrosamento da banda, só que os outros membros (Petrucci, Labrie, Rudess e Myung) não estavam muito afim de parar, então achando que era melhor pra ele, Mike Portnoy anunciou sua saída do Dream Theater.

O Dream Theater passou então por uma jornada pra procurar um novo baterista pra assumir a posição do Portnoy, o que é uma puta responsabilidade na minha opinião, e fizeram algumas audições que foram divulgadas no youtube pra arrumar o novo baterista, que no fim das audições escolheram Mike Mangini para o cargo ! Um puta de um baterista, mas como o blog aqui é meu eu ainda acho que teve um melhor… vejam os videos e comentem o que acharam!

Divulgado no youtube pelo canal da RoadRunner Records, clique aqui para a parte 1 de um total de 3 videos, mais ou menos uns 20 minutos cada, para conferir como foi o processo.

Dream Theater - Formação Atual

Dream Theater - Formação Atual

De volta para o CD, o que eu achei dele num geral: Foda Muito Bom !

As composições tão com aquela cara de Dream Theater mesmo, num total de 9 faixas que tem muito o que falar, mas o que o pessoal tava mais esperando mesmo seria aquela coisa do: E a Bateria?

Porque afinal de contas, era a grande novidade da banda !

Como era de se esperar, Mangini mandou muito, mostrando o bom baterista que é, não da pra comparar um “mas tá melhor ou pior que o Portnoy?” foi só um CD, sabe, foram 9 faixas do Mangini contra mais de 20 anos de carreira do Portnoy, então pra mim não dá pra falar se tá tão bom quanto, se tá melhor e etc…

Eu gostei muito das faixas, mas teve algumas coisas a se considerar, da minha opinião e de amigos que também tive a conversa, como o Matheus Manente.

Faltou peso.

Não nas músicas, mas a mixagem, parece que ta faltando algo! Levando em conta que foi um trabalho de mixagem do Andy Wallace

Pra quem não conhece, Andy Wallace é um Produtor/Engenheiro de Som, ganhador de Grammy que foi responsável por diversos álbuns a mais de 20 anos de carreira, como o Nevermind do Nirvana, até o Nightmare do Avenged Sevenfold. Clique aqui para conferir os trabalhos dele.

Em relação a esse último que deu pra notar essa diferença, o álbum do Avenged Sevenfold – Nightmare, foi um trabalho de muito peso no som, e acho que foi o que deixou a desejar no álbum do Dream Theater, porque as composições, como sempre, estão geniais. Com direito do John Myung escrever a letra da canção Breaking All Illusions !

Mas bem, eu daria um 9/10 pro álbum, levando em fato o que sabe-se-lá-aconteceu pro CD não ter tido o peso ideal. E segue o Vídeo da “On the Back of Angels” que é a 1ª faixa do álbum que está concorrendo a um Grammy na categoria de Melhor Performance Hard Rock/Metal ! Disputando com as bandas Mastodon, Megadeth, Foo Fighters e Sum41.

Agora, segue pra vocês a entrevista que tive o prazer de ter com João Kurk ! Ex-Vocalista da banda Terreno Baldio, atualmente com o projeto Duo Birds e a banda Rockstock, acompanhem, que tem muita coisa boa ai !

João Kurk

João Kurk

Tokuntigo – Como foi seu 1º contato com música? E de onde partiu a vontade de tocar algo?

João Kurk: São duas coisas diferentes né, 1º contato com música foi com meu pai, ele tinha o costume de ouvir música erudita em casa. E o meu 2º contato com a música, foi quando eu era mais crescido, minhas duas irmãs mais velhas ouviam Elvis Presley e algumas outras bandas nesse estilo que surgiam, e nessa mesma época então, foi quando eu ouvi Beatles pela primeira vez e falei pra mim mesmo: é isso que eu quero fazer da vida.

Lembro que foi em 1965 na Rádio Gazeta se não me engano, onde tinha aquele programa: Parada de Sucessos e em 4º Lugar tocou I Wanna hold your hands. Eu nem sabia o que tava acontecendo, ai do nada comecei a ouvir CAN CANNN CAN CAN (sons de guitarra) e ficava admirado, “que é iiiissooooo!”

 E era uma época que não tinha internet, não tinha gravador, tinha que esperar o dia seguinte pra ouvir de novo a música.

 A princípio, eu queria aprender a cantar, então com uns colegas de escola montei minha 1ª banda que durou de 66 até 71 (The Islanders) a gente fazia uns Covers de Beatles Steppenwolf, The Animals, Rolling Stones até mais pra frente, Johnny Rivers, The Hollies.

 Ai em 71 a banda acabou e em 72 entrei na banda Utopia com Egidio Conde, já rolava umas composições próprias além de uns covers, mas não tinha mercado e a banda durou uns 2 anos.

Mais pra frente eu me apaixonei por Gentle Giant, foi o Kiko (baterista da banda Utopia) que apresentou a banda  “Vocês tem que escutar isso aqui meu !”

 Isso era uma coisa muito bacana daquela época, você conhecia música através dos outros. Olhava pela capa e comprava um disco novo, era uma das coisas mais legais do Rock’n’Roll, você ia pra casa de amigos pra ouvir música.

 Uma das coisas mais gostosas do rock’n’roll era descobrir as coisas novas do rock.

 E quando a Banda Utopia tava meio parando, eu fui procurar o tecladista da banda da escola o Lazarini “E se a gente fizesse uma coisa nessa linha? Em português”

 Ai ele disse pra mim: Vai ser difícil, mas conheço um guitarrista, o Mozart Mello vamos ver.

 E depois de um tempo com a formação de Lazarini (Teclados) – Joaquim (Bateria) – João Kurk (Vocal) e Mozart Mello (Guitarra) A gente formou o “Terreno Baldio” 

Tokuntigo – O que você costumava ouvir? Quais você diria que são suas grandes influências? Você lembra do seu primeiro disco?

 JK:  Costumava ouvir de tudo, difícil citar uma influência, teve Beatles com certeza, Gentle Giant e todas aquelas bandas que eu tocava que a gente fazia cover.

 Meu primeiro disco foi o A Hard Day’s Night  dos Beatles e meu primeiro compacto foi o She Loves You , também dos Beatles.

Tokuntigo – Sempre foi a guitarra? Porque escolheu este instrumento? Você chegou a fazer aulas ou foi auto-didata?

 JK: Nunca toquei guitarra. Eu era vocalista e eu sempre cantei mal. Fiz canto coral por uns 2 anos mais ou menos e a gente teve uma meia dúzia de aulas de respiração e técnica mas eu cantava era no feeling mesmo. 

Tokuntigo – Como foi o período com a banda? Como eram feitas as composições? Você diria que o Terreno Baldio foi realmente o Gentle Giant nacional?

 JK: A gente tinha uns 3 ou 4 ensaios por semana, era muito complicado as músicas e eram criações coletiva, todos os membros da banda participavam das composições, o Mozart Mello ia lá e mostrava um riff, ai eu fazia a melodia tudo no “lalala”, depois o Lazarini me ajudava com as letras e assim as coisas iam.

E não que a gente quisesse fazer uma cópia, mas a gente tinha como grande inspiração o GG (Gentle Giant), tinha também Genesis, a época com o Peter Gabriel, a gente tinha inspiração de tudo.

 E acho que cada um tem uma visão do que é o Rock Progressivo, na minha opinião, o Rock Progressivo é chamado progressivo porque se baseia na música erudita. Cada banda de RP internacional, logicamente,foram bebendo cada um numa fonte diferente. To chutando, mas vamos supor algo assim: O Pink Floyd foi beber do romantismo, o Yes no modernismo, e o Gentle Giant do Barroco.

João Kurk

João Kurk

Tokuntigo – Quais foram as grandes dificuldades com a banda na época? Como foi ir atrás de gravadoras e empresários para o gênero de Rock Progressivo que vocês tocavam?

 JK: Na verdade nós fizemos uns shows sem gravadora mesmo e em um desses o Cesare Benvenuti chegou pra gente e disse: “Olha quero gravar vocês.”.

E foi assim que começou a nossa carreira de gravadora, e num ensaio foi pânico né, mijamos na calça, nunca tinha gravado nada não tinha Know-How de estúdio nem nada, sem contar que gravar é outra coisa,  a gente tinha uma certa limitação de performance, a gente tinha experiência de tocar ao vivo, é aquele negócio, ao vivo a experiência é outra… No estúdio perdia a emoção, não tinha mais o feeling do ao vivo, tinha que ficar tudo certinho, um trabalho muito racional “fora do ao vivo”.

Tokuntigo – Como que foi o período musical depois que o Terreno Baldio terminou?

 JK: Fiquei dois anos e meio sem tocar, trabalhava no escritório de uma empresa até que um dia o Egídio Conde me ligou “to precisando de um cara pra cantar e fazer uma guitarra base”, eu não tocava guitarra, digo, sabia uma coisa ou outra, mas do básico, mas vamos lá, essa era a banda Rock Memory. E a banda cresceu muito a ponto que eu larguei a carreira de executivo em 84. E fiquei uns 10..11 anos no Rock Memory, até que eu decidi deixar a banda por vontade própria pelo rumo que ela estava tomando.

Tokuntigo – Foi uma surpresa quando a Progressive Rock Worldwide convidaram vocês em 93 para “re-gravar” o 1º álbum de vocês só que em uma versão em inglês?

 JK: O cara da Prog. Records, queria passar o 1º disco para CD, queria remasterizar. E a gente já tava sabendo que no Japão, um vinil da gente tava custando 250 dólares.(Puta,queria ter uns 1000 agora. Hahahaha) tavam pirateando o nosso vinil.

Dai ao invés de remasterizar a gente pensou:

  “puta cara, não vai ficar bom… vamo gravar de novo?”

 Ai gravamos de novo. Pensando em colocar a voz, porque você não faz em inglês porra? Vai lançar no mercado internacional, já tenho a pegada dela, vamos procurando as palavras mais corretas. Que tenham o significado do que a gente queria dizer. Gravamos em português e inglês, aqui mesmo no Brasil.

 Eu, Lazarini e Mozart Mello, chamamos o batera e o baixista do Rock Memory. Tavam acostumados a fazer cover, como eu também, então pra eles não era problema nenhum e eles tinham pratica.

Tokuntigo – É difícil, ou era, ser uma banda com composições próprias? É mais fácil ter covers?

 JK: Olha, pode até parecer pretensioso o que eu vou te falar, mas… eu já recebi inúmeras propostas pra fazer um trabalho de música própria, de me lançar como artista e tudo, eu tenho minhas dúvidas se eu vou me adaptar a esse mercado a esse tipo de ambiente, é um ambiente que eu não conheço e eu vendo shows de banda a mais de 30 anos, então eu tenho uma experiência na venda e produção de shows que eu sei que no caso de você começar um trabalho hoje, não vai ser do jeito que eu quero.

 Se eu sair do mercado cover pro mercado de música própria, é um mercado completamente desconhecido pra mim.  As vezes tenho até vontade, de expor minhas músicas, o que eu quero falar, o que quero me expressar tá aqui, isso que eu sou.

 Não sei o que vai ser pra frente, não digo que não vou fazer, tenho um pé atrás com isso.

Tokuntigo – O que você acha do mercado musical atual? Como você compararia o consumo de cd’s e as bandas de hoje com o que era no passado?

 JK:   Você gostava do Rolling Stones, saia um negócio novo da banda, você comprava e chegava em casa pra ouvir, não tinha como escutar antes.

 As pessoas não tem mais essa curiosidade, o público ta meio preguiçoso na parte musical, digo isso não no mal sentido, mas por exemplo o publico hoje ele ouve uma música no rádio ai ouve uma música na TV, novela, na chamada da novela, ai ouve na MTV, ai ele gosta de música

 Ele, o ouvinte, não descobriu, veio ao ouvido dele, perdeu-se a curiosidade, o consumidor de música é diferente do consumidor de antigamente, não é como o de livro, entra na livraria olha o livro e compra, depois cria sua opinião (como era o consumidor de música do passado) perdeu-se o apetite pela música.

 Obviamente to generalizando, mas por exemplo, como uma pessoa vai e conhece alguma coisa nova com a gente em shows:

Eventualmente colocamos uma múisica no repertorio, por exemplo um Time do Pink Floyd, que não é tão “pop” nos nossos covers e, depois de tocar o pessoal que vai nos nossos shows começam a pedir essa música mais vez ! Ai vem aquele pensamento “A gente conseguiu melhorar o ouvido dessa pessoa! Hahaha”

 Um dos melhores exemplos que eu tenho disso, “Aqualung – Jetro Thull” é uma coisa lado B, nem na Kiss tocava isso ! Ai a gente começou a fazer, ai tinha um pessoal que curtia, gostava, ai de repente você ouvia gente que não conhecia começou a conhecer através da gente, pedia uma “Aqualand”.

 Eu quando vou atrás de um CD hoje, faço o seguinte eu entro na Amazon, vejo os lançamentos do mês “este, este, esse e esse” anoto os nomes, vou no All Music Guide, ouço um pedacinho das músicas, vejo se interessa, se é legal se não é, vejo artistas correlatos, descubro umonte de coisa legal nova, que inclusive não tem nada a ver com rock’n’roll, pode ser Yeminita, música africana, espanhola, não importa, pode ser qualquer coisa, vou beber dessa fonte, quero saber o que está acontecendo hoje em dia ! É bom você saber o que tá acontecendo no resto do mundo. Mas a MMPB (música muito popular brasileira), não sou muito fã, não me passa nenhuma emoção.

Tokuntigo- Na sua opinião, como muitos outros artistas dizem, o Rock está morto, o que você considera disso?  Virão outras bandas como os grandes ícones no passado? desde Elvis, Pink Floyd, Raul Seixas, o próprio Terreno Baldio e etc..

 JK: Sempre foi feito alguma coisa parecida com o que já tinha antes, se você for fazer uma faculdade de música, um curso de regência você vai ouvir ou pensar “você não vai criar nada de novo, tudo já foi feito” hehehe, o que você for fazer ora sair do rótulo  vai sair alguma coisa mais bizarra, tipo um Slipknot. Mas a música tem que passar emoção, acho que é isso o importante.  

Tokuntigo-  Cite um momento marcante em sua carreira como músico;

 JK: Muita coisa.. cada dia é uma aventura. Por exemplo, a cada pessoa que vem agradecer ou a cada pessoa que vem elogiar depois de um show é uma Glória pra gente, uma lavagem de alma, é a melhor recompensa que a gente tem, a quantidade de pessoas que te add em redes sociais, que elogiam o show, que se emocionou com o show, isso ai não tem preço, e é pra isso que a gente faz.

 A gente faz isso profissionalmente, mas não valeria de nada se não tivesse o feedback do publico no final do show. 

Esse é o melhor cachê que a gente tem, sempre foi assim, é uma coisa maravilhosa.

Nós fizemos um show no centro cultural com o TB, é uma coisa que me emociona só de falar, eu cantando músicas feitas a 40 anos atrás, não tão na mídia, não são conhecidas e eu via um pessoal de 16~20 anos, cantando a música inteira comigo ! Não é um, dois não, UMONTE, você vai pegar um pessoal de 40~50 é possível que viu na época, mas ai você vê um menino de 15 anos pedindo pra autografar um vinil !

João Kurk

João Kurk


Tokuntigo –  Arriscando a beira de um clichê clássico: Você poderia dar uma palavra aos músicos de hoje?

 JK:  Seja curioso. Vá procurar o que você gosta de verdade, não o que fizeram você gostar. Isso tanto no Rock, MPB, Axé, Pagode, no que quer que seja, as vezes elas gostam daquilo, mas gostam porque foi induzida aquilo. O mercado musical hoje, o showbiz, movimenta milhões de dólares hoje, eles fazem você gostar e gastar e a pessoa não percebe.

 É como a política, fazem você gostar e votar na pessoa.

A pessoa precisa se tocar melhor do que ouvir, porque tem um outro lance também, o publico vai a um show, querem extravazar, mudou muito a concepção, o pessoal não vai assistir um show, eles vão “pular”, não importa tanto o que vai tocar, e as vezes não tem mensagem nenhuma nisso, emocional, como letra, filosofia, sentimentalmente, a música não chega a tocar a pessoa. Só serve como uma fuga pra pessoa o show, como o pessoal que é mais revoltado, punk, já pula chutando e tals. 

É complicado você assistir um show do Pink Floyd hoje, você pega os shows antigos,as pessoas ficavam sentadas pra assistir ! Fazia shows em teatros, hoje em dia é diferente, fazem as coisas em estádio, as concepções vão mudando com o tempo, a mídia. Tem que caber 20~30mil pessoas, se não não compensa o investimento pra trazer a banda.

Para os músicos: ESTUDEM, Não só o instrumento, estuda o 2º grau, faça uma faculdade, vá aprender matemática, língua portuguesa, história, geografia, filosofia, o que quer que seja, porque um dia, se você fizer sucesso, você não vai passar vergonha numa entrevista… ao vivo (risos), na mídia, TV, rede nacional ou internacional, falar coisa errada, não entender o que o repórter perguntou.

 Essas celebridades que nós temos aqui no Brasil que mal sabem falar o próprio nome, aprenda a se expressar, uma letra inteligente, que fale alguma coisa, virar celebridade por falar errado, isso é horrível.

 Ouça todo tipo de música, leia, escreva.

 Na época, eu não tive condições de fazer, eu trabalhava e estudava a noite, eu queria fazer faculdade de música, Composição e Regência, mas naquela época, nós tínhamos uma escola apenas em SP, e do 2º ano em diante era período integral duas vezes por semana, não pude fazer, porque tinha que trabalhar, nunca aprendi um instrumento porque não precisava, só queria cantar e hoje me faz falta não saber ler ou escrever uma partitura.

 Hoje você pode não precisar, mas um dia você pode, isso é tão importante quanto

João Kurk

E essa foi a entrevista com João Kurk! Se quiser saber mais sobre ele, visite sua Página Oficial ! Lembrando que você pode encontrar essa entrevista na guia Entrevistas no menu de navegação no topo do blog.

Todo o crédito das fotos vão para meu amigo Luiz Conceição! Ficou interessado no seu trabalho? Veja o Flickr dele Aqui.

Fica por aqui o post de hoje ! Agradeço pela paciência e prometo postar com mais frequência! Curtiu a entrevista? Não esqueça de deixar seu comentário e divulgar a página para seus amigos!
Abraços!

Sobre Danilo Battistini

Apaixonado por som, música ou qualquer coisa que faça barulho ! Formado em Produção Musical e Rádio/TV, atualmente trabalho na pós produção de áudio no estúdio Centauro Comunicaciones ________ Quer conversar mais? Segue os links de onde me encontrar ! ________ Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100000545137038 ________ Portfólio: http://danilobattistini.com/
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3 respostas a Começa mais um ano !

  1. Parabéns Tokun, arrasando como sempre! E ótima escolha de entrevista, o João é simplesmente sensacional!
    Looking forward for more posts! =p
    Beijão

  2. Stephanie Watanabe diz:

    Nossa, o João do Rockstock! <3
    Cara, muito bom mesmo *-*

  3. João Kurk diz:

    Obrigado pela entrevista…. :
    :-)

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